Pós-câncer de Colo Uterino
O câncer de colo uterino é um grave problema de Saúde Pública que atinge as mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, 18.430 novos casos no Brasil, e uma estimativa de morte mundial de aproximadamente 230 mil mulheres. O câncer de colo uterino tem sua maior prevalência e mortalidade em países subdesenvolvidos em virtude dos fatores socioeconômicos e culturais, desta forma interferindo no diagnóstico precoce e prevenção da patologia.
O tratamento do câncer de colo uterino é preferencialmente cirúrgico associado à Radioterapia externa e/ou interna (Braquiterapia). Este tratamento poderá trazer inúmeras seqüelas às mulheres, tais como: irritabilidade vesical, diarréia, alterações cutâneas, fístulas intestinais ou na bexiga, vaginismo e estenose vaginal. Estas alterações podem gerar um grande impacto na sexualidade, principalmente pela estenose (estreitamento) do canal vaginal, que impede a penetração durante a relação sexual, causando dor importante e uma grande alteração na qualidade de vida destas mulheres. Estas complicações associadas podem levar a importantes disfunções sexuais, além de dificultar exames ginecológicos de rotina, indispensáveis no seguimento clínico pós- diagnóstico.
As mulheres tratadas por câncer de colo uterino, podem apresentar diminuição da libido e anulação do prazer sexual.
A Fisioterapia tem um importante papel dentro da equipe multiprofissional envolvida no tratamento destas mulheres, principalmente no que diz respeito às disfunções sexuais, através do uso de diversas técnicas como a Eletroestimulação, o Biofeedback, a Cinesioterapia e as Terapias Manuais.